Monday, July 30, 2018
Moroccan Jews of Cabo Verde at Magen David Sephardic Synagogue featuring Gardenia
We are delighted to share highlights from an event on March 10, 2018, at Magen David Sephardic Synagogue in Rockville, MD. The Sephardic Congregation in cooperation with Cape Verde Jewish Heritage Project, Inc, hosted an evening highlighting the Moroccan Jews of Cabo Verde. CVJHP is a non-profit, 501(c)(3) organization dedicated to honoring and preserving the memory of the many Sephardic Jews who immigrated to Cabo Verde from Morocco and Gibraltar in the 19th century, by restoring and preserving their cemeteries, documenting their legacy through publications and videos, and creating a museum.
Ambassador Carlos Wahnon Veiga, Cabo Verdean Ambassador to the U.S. and Israel spoke at the event, Carol Castiel, president of CVJHP made a slide presentation and Gardenia Benros, renowned Cabo Verdean singer of Moroccan Jewish descent, wowed the crowd by singing in Crioulo and Ladino.
Please visit our web page via the link below to savor some highlights from the evening.
MOROCCAN JEWS OF CABO VERDE
Monday, August 7, 2017
JEWISH SITES CLASSIFIED AS NATIONAL HISTORIC CULTURAL PATRIMONY
Dear Descendants and friends of CVJHP,
The Cape Verde Jewish Heritage Project is very excited to inform
you that the government of Cabo Verde on June 29th 2017 classified the Jewish
cemeteries and other places of Jewish memory as “National Historical Patrimony.”
This is a major milestone and an action that CVJHP has been advocating for many
years. So, we are delighted that the central government has taken this important
step. This legal status will ensure that the vestiges of your ancestors’
heritage such as the Jewish cemeteries, residences, commercial buildings and other
places of memory will be legally protected and maintained. It also signals to
the world that Cabo Verde values the contributions made by the many Moroccan
and Gibraltarian Jews, who immigrated to Cape Verde in the 19th
century, to Cape Verdean history and culture. This classification at the
national level will also place Cabo Verde on the map of the global Jewish
Diaspora. CVJHP will continue to work hand-in-hand with the government based on
our memorandum of understanding (Protocolo) signed in September 2016, to identify,
restore, preserve and maintain these important monuments to Jewish heritage.
Here’s a link to an article by Expresso das Ilhas about the
announcement.
And one more by the Times of Israel:
http://www.timesofisrael.com/cape-verde-lists-jewish-cemeteries-as-heritage-sites/
We’re also happy to announce that our historian Angela Sofia Benoliel
Coutinho has begun to synthesize data from archival research conducted in Portugal,
London, Gibraltar, Morocco and of course Cape Verde, and is working on a draft
of a book about the Jewish presence in Cabo Verde, focusing on the 19th
and 20th century immigration of Jews primarily from Morocco and
Gibraltar – many of your ancestors! The book will be published first in
Portuguese and then translated into English.
On a sad note, we lament the death of our dear Isaac Anahory who
passed away in April 2017. Please see our tribute to him at Facebook.com/CVJHP.
Another elderly descendent, Jacinto Benros, who lives in Central Falls Rhode
Island, is recovering from a stroke. He always loved sharing his memories of
the Benros clan and many other families from like Cohen, Brigham, Pinto and
Benoliel, with me. Let’s all pray that he will have a speedy and full recovery.
We continue to work on Cemetery restoration which has been
stalled in Boa Vista due to technical problems. However we will persevere in
all 3 islands: Sao Tiago, Santo Antão and Boa Vista. We will also not forget
the remnants of the Jewish heritage (mostly tombstones), particularly from the
19th century, in São Nicolão and Brava.
If you have other news to share please write to us at this email
and visit and like our Facebook Page. Sofia De Oliveira Lima is our devoted
representative in Praia. Please spread the word of our work far and wide among
other descendants around the world and in Cabo Verde about your ancestors and
our work to preserve their legacy.
Versão em Portugues:
A
Cape Verde Jewish Heritage Project tem muito orgulho em informar a todos os
descendentes e amigos da CVJHP que o Governo de Cabo Verde classificou o acervo
patrimonial da herança judaica em Cabo Verde como Património Histórico e
Cultural Nacional.
É uma decisão muito importante para a República de Cabo Verde e para a
CVJHP, que, com conjugação de energias contribuirão ainda mais para a
valorização desse acervo e para a sua projeção internacional.
A CVJHP tem encorajado o Governo Central no sentido de tomar essa medida ao
longo dos últimos anos; portanto estamos muito satisfeitos por termos chegado e
este dia.
Esta estatuto legal garantirá proteção legal e manutenção dos vestígios da
herança dos vossos antepassados tais como os cemitérios, as residências, os
edifícios comerciais e outros lugares de memória. Assinala também ao mundo que
Cabo Verde valoriza as contribuições feitas pelos muitos Judeus do Gibraltar e
do Marrocos que imigraram para Cabo Verde durante o século 19, tanto quanto
valoriza a história e a cultura de Cabo Verde.
Ademais, essa classificação a nível nacional coloca Cabo Verde no mapa
global da Diáspora Judaica. A CVJHP continuará a trabalhar de mão em mão com o
governo de Cabo Verde com base no memorando de entendimento (Protocolo)
assinado em 2016 no sentido de identificar, restaurar, preservar e manter esses
monumentos tão importantes da herança Judaica. Segue-se um “link” para um
artigo sobre o anúncio publicado no Expresso das Ilhas sobre o anúncio.
Mais um pelo Times of Israel:
http://www.timesofisrael.com/cape-verde-lists-jewish-cemeteries-as-heritage-sites/
Apraz-nos também anunciar que a nossa Historiadora Ângela Sofia Benoliel
Coutinho começou a sintetizar dados que ela extraiu dos arquivos durante
pesquizas efetuadas em Portugal, Londres, Gibraltar, Marrocos e, obviamente,
Cabo Verde, e iniciou já o esboço de um livro sobre a presença Judaica em Cabo
Verde, com enfoque principalmente na imigração durante os séculos 19 e 20 de
Judeus do Marrocos e de Gibraltar para Cabo Verde, muitos deles vossos
antepassados! O livro será publicado em Português, em primeira instância e,
subsequentemente, será traduzido para Inglês.
Num aparte de imensa tristeza, lamentamos aqui anunciar o falecimento do
nosso querido Isaac Anahory em Abril de 2017. Favor ver o nosso tributo ao
Isaac no Facebook.com/CVJHP. Outro descendente de idade já avançada, Jacinto
Benrós, residente de Central Falls, Rhode Island, encontra-se recuperando de um
enfarte cardíaco. Ele deleitava-se sempre em compartilhar comigo as memórias do
“clan” dos Benrós e de muitas outras famílias como sejam os Cohen, Brigham,
Pinto e Benoliel. Rezemos para que ele tenha uma recuperação rápida e completa.
Continuamos a trabalhar na restauração do cemitério da Boa Vista que ficou
entravada por questões técnicas. Não obstante, continuaremos os nossos esforços
em todas as três ilhas Santiago, Santo Antão e Boa Vista. Tampouco nos
esqueceremos do que resta da herança Judaica (na sua maioria de pedras de
cabeceira de túmulos, particularmente do século XIX, Em São Nicolau e Brava.)
Para os leitores que tenham novidades sobre aspetos da herança Judaica em
Cabo Verde queiram nos contactar através deste email. Podem também visitar e
indicar o “like” na nossa Página do Facebook. Sofia de Oliveira Lima é a nossa
devota representante na Cidade da Praia. E façam-nos o favor de divulgar
amplamente entre outros descendentes pelo mundo fora e em Cabo Verde
informações sobre os vossos antepassados e sobre o nosso trabalho de preservar
o legado deles.
Mantenhas/Com Gratidão,
Carol Castiel, Pres. CVJHP
John Wahnon, VP, CVJHP
Sofia de Oliveira Lima, CVJHP representante, Praia
Monday, April 24, 2017
PREVIEW OF BOOK CHAPTER ON JEWS OF CABO VERDE!
CVJHP Historian, Ângela
Sofia Benoliel Coutinho, prepared the following text in French for Counselor to H.M. King Mohammed VI and honorary Board member H.E. Andre Azoulay, a proud native of Mogador (Essaouira), to demonstrate the impact that Jews of that city had in Cabo Verde. Ângela is currently writing the first draft of a book on these 19th century Jews and their overall role and contributions in colonial Cabo Verde.
JEWISH MERCHANTS OF MOGADOR IN CABO VERDE
Quoique beaucoup moins nombreux que
ceux originaires de Tanger, les commerçants et entrepreneurs juifs nés à
Mogador qui ont vécu ou se sont installés dans l’archipel du Cap Vert pendant
la deuxième moitié du XIXème siècle, ont eu, dans certains cas, une forte
influence dans ce processus migratoire, et dans d’autres, une présence qui a
marqué la société des îles.
Ainsi, parmi les commerçants juifs du
Maroc et de Gibraltar qui font l’objet de notre étude, Moses Zagury fut le seul
grand investisseur dans l’archipel, ayant obtenu en 1875 l’octroi de terrains
pour l’installation de dépôts de charbon dans l’île de S. Vicente. Avec le
surgissement de la navigation à vapeur, cette île est devenu l’objet
d’investissement de compagnies charbonnières britanniques, et à la fin du XIXème
siècle elle était devenue la principale source de revenus pour la colonie. Son Porto Grande
est aussi devenu la plus importante coaling
station de l’Empire Britannique dans le mid-Atlantic,
et au début du XXème siècle c’était le 4ème port avec le plus de mouvement dans
le monde. Ayant vécu à Lisbonne et en Grande-Bretagne, Moses Zagury a négocié
l’utilisation de ces terrains avec des compagnies de charbon britanniques. Il a
gardé un long rapport avec l’archipel du Cap Vert, ayant proposé plusieurs
affaires aux autorités pendant des décennies, et quelques membres de sa famille
ont vécu dans les îles de Santo Antão et S. Vicente. D’autres hommes
d’affaires, comme ce fut le cas de Marcos Auday, né à Tanger, s’y sont
installés grâce à ses investissements. Moses Zagury avait aussi
des affaires en Angola et au Mozambique, d’autres colonies portugaises en
Afrique.
En effet, nous avons remarqué que ceux
nés à Mogador se trouvent parmi les plus mobiles de ce groupe. C’est le cas de
Isaac Zaffrany, que les autorités portugaises dans l’archipel ont noté comme
ayant vécu aux Azores, avec des rapports au Mozambique. Les frères Anahory, nés
à Lisbonne d’une mère de Mogador et d’un père de Gibraltar ont été des
représentants consulaires de plusieurs pays européens dans les deux villes de
l’archipel, Praia et Mindelo, où ils ont exercé des activités commerciales.
Parmi les familles qui se sont
installées dans l’archipel et y ont laissé des descendants que nous arrivons à
identifier, il y a la famille Brigham. Ayres Julião Brigham ou Wayes Ohayon
s’est installé dans la petite localité portuaire de Ponta do Sol, île de Santo
Antão, où l’on se dédiait à l’exportation de produits coloniaux, étant nommé
comme le membre fondateur de la communauté juive de cette île, qui a eu environ
50 personnes au XIXème siècle, et aussi comme l’un des fondateurs de la
localité de Ponta do Sol elle-même. Il est également mentionné par quelques
descendants comme ayant été l’un des pilliers de la vie religieuse de cette
communauté, qui n’a pas eu une synagogue, et qui était constituée surtout par
les familles Pinto, Cohen, Benrós, Levy Bentubo, Auday, Benahim et Wahnon. Il y
a des registres de la présence de Ayres Julião Brigham à la sinagogue de
Lisbonne, où il allait régulièrement, afin de rejoindre sa ville natale. Son
frère, Joseph de Abraham Brigham, né aussi à Mogador, nous a laissé l’un des
documents les plus riches concernant la vie de la communauté juive dans l’île
de Santo Antão, à savoir, son testament, daté de 1907, l’année de son décès.
"Rua dos Judeus" Ponta do Sol, Santo Antão |
La
famille Brigham a aussi investi dans la production d’eau minérale enbouteillée,
dans un territoire où les initiatives dans le domaine industriel étaient très
rares. L’un des membres de cette famille, Abraham Julião Brigham, déjà né au
Cap Vert, fut pendant longtemps l’un des plus grands contribuables de la
colonie, dans la région nord.
Peu
après l’arrivée de la famille Brigham, David Jacob Cohen, lui aussi né à
Mogador, s’est installé à Ponta do Sol, ayant laissé son épouse à Lisbonne. Il
a laissé des descendants qui sont devenus des commerçants réputés dans l’île de
Santo Antão, et plus, tard, à S. Vicente. Il est curieux de constater que l’un
des membres de la famille Cohen, Salomão Moysés Cohen, né au Cap Vert, a fondé
le clan Cohen de l’Amazonie, au Brésil, vers 1890.
Suzette Cohen with photo of ancestors |
Celle qui a probablement été la
famille d’origine juive marocaine la plus influente au Cap Vert pendant le
XXème siècle colonial, c’est-à-dire, jusqu’en 1975, descend de Fortunato Levy,
né à Mogador ou à Rabat, selon la documentation officielle portugaise. Son fils
Bento Levy est né au sud du Portugal, en Algarve, et a été l’un des
entrepreneurs les plus dynamiques de son époque. Il a été nommé à plusieurs
reprises pour des postes de représentation dans des organismes d’Etat de la
colonie, ayant été, avec ses 4 fils, tous nés au Cap Vert, parmi les plus
grands contribuables de la colonie, de la fin du XIXème siècle jusqu’au milieu
du XXème siècle. La famille Levy est aussi devenue grande propriétaire dans
l’île de Santiago, ayant des investissements dans d’autres îles.
Last
but not the least, le commerçant né à Mogador Arão Ben-David s’est installé
dans l’île Brava, où il a créé la société “Ben David & Bendaham”, étant son
associé originaire de Gilbraltar. Parmi ses descendants, le footballeur
capverdien Ben David est reconnu comme ayant été le meilleur joueur de football
du Portugal et des territoires qui intégraient son empire, avant Eusébio.
Copyright 2017 Cape Verde Jewish Heritage Project, Inc.
Copyright 2017 Cape Verde Jewish Heritage Project, Inc.
Tuesday, December 20, 2016
CVJHP ARCHIVAL RESEARCH UPDATE DEC 2016
Thanks to financial assistance provided by the Cape Verde Jewish
Heritage Project Inc. and the US Embassy in Praia, during the past year, a
dedicated staff at the The National Archives of Cape Verde (ANCV), accelerated
the organization and classification of documents pertaining to the islands of
Boa Vista and Santo Antão, where the Jewish community was most pronounced. So CVJHP historian Ângela Sofia Benoliel Coutinho was finally able to access valuable documentation pertaining to the presence of
the Moroccan and Gibraltarian Jews, heretofore unavailable to researchers.
CVJHP Historian |
Ribeira Grande, Santo Antão |
It’s not surprising that this community of Jewish merchants was drawn to monoculture
for export given that Cape Verde was an agricultural island with few inhabitants who had limited purchasing power. For example, in the island of Santo Antão, the most profitable export was coffee, the price of which rose in the international market during the
second half of the 19th century. Documents suggest that the
merchants engaged in business with Jewish coffee exporters in other
agricultural islands such as Santiago, Fogo, and São Nicolau, and
with those who lived in São Vicente,
Santiago, and Brava, islands that had international ports to facilitate exports. Since many of these Cape Verdean-based traders
traveled to Lisbon approximately once a year, it is probable that a commercial network existed among Moroccan and Gibraltarian Jews in all
of the Portuguese speaking African territories and in the Atlantic. It is something to explore as Ângela traces the outlines of a forthcoming book about the Jewish presence in Cape Verde.
--Ângela Sofia Benoliel Coutinho, Dezembro 2016
--Ângela Sofia Benoliel Coutinho, Dezembro 2016
Saturday, February 6, 2016
Noticias da Nossa Historiadora, Ângela Sofia Benoliel Coutinho
JUDEUS
E CABO-VERDIANOS DE ORIGEM JUDIA MARROQUINA E DE GIBRALTAR NA IMPRENSA
CABO-VERDIANA DO SÉCULO XX
Pela análise da imprensa periódica do século XX, ainda a
decorrer, é possível constatar a progressiva integração na sociedade
cabo-verdiana das famílias de origem marroquina e de Gibraltar que se fixaram
no arquipélago. Desde logo, pela maior diversidade da actividade económica, e,
na 2ª geração, já de portugueses nascidos em Cabo Verde, pela assunção de diversos
cargos em comissões, juntas, e organismos diversos, cujo real peso na sociedade
das ilhas importará apreender. Alguns chegaram a assumir o cargo de
administradores de concelho e Bento Levy foi o primeiro a integrar o Conselho
de Governo, durante a Iª República. A nível da função pública colonial, vedada
aos estrangeiros, na 2ª geração, dos nascidos em Cabo Verde, há poucos casos, tratando-se
sobretudo de professores primários e funcionários dos Serviços Aduaneiros e dos
Correios.
O “Boletim
Oficial da Província de Cabo Verde,” cuja consulta vai na década de 30 do
século XX, é particularmente rico em dados, que, dada a sua profusão, importará
organizar numa base de dados, de molde a facilitar a sua consulta e análise. Foram
identificados 86 indivíduos, cujos nomes seguem na lista abaixo, e elementos
relativos à vida económica, e a diversos outros aspectos.
ASSIM, FORAM INDENTIFICADOS DADOS SOBRE:
José
Benholiel, Bento Levy, Benjamim Alves, Marcos Cagy, David Ben’Oliel, Domingos
Seruya, J.A. Levy, Veríssimo Wahnon, Izaac Athias, Moyses Levy, Leão Benroz, Isaac
Pinto, Leopoldina Hidalgo Carrera Athias, Salomão Ben David, Abraham Julião
Brigham, Isaac Wahnon, Jacob Wahnon, Isaac Augusto Ezaguy, José Monteiro Levy, Jayme
Monteiro Levy, Álvaro Monteiro Levy, Salvador Levy, D. Justa Azulay Silva, Theodorico
Seruya, Theodoro d’Oliveira Almada (?), Moses Zagury, Fernando Wahnon, Isaac Ben’Oliel,
Júlio Bento d’Oliveira, D. Rachel Levy, Raphael Moysés de Oliveira, Rodolpho
Benroz, Raphael Anahory, Salomão A. Ben’Oliel, Augusto Ben David, Maria da
Conceição Pinto Wahnon, Júlia Pereira da Silva Azulay, Maria Benholiel Lopes da
Silva, Carlos Bento d’Oliveira, José Julião Brigham, Salomão Joseph Abithbol, Elysa
Levy Bentubo Santos, David Jacob Cohen, Manoel Azulay, Salomão Tavares
Benchimol, Daniel Wahnon, Naturino de Mello Alves, Leão Benholiel, Wenceslau
Ramos Levy, Octavino de Mello Alves, Daniel D. Cohen, Jayme Wahnon, José
Anahory, Maria Faria Anahory, Mery Benholiel Levy, Simy Benholiel de Carvalho, Rachel
Benholiel, Simão Benholiel, Maria do Carmo Mosso Benholiel, Júlio Benahim Lima,
Marcos Julião Brigham, Camila Wahnon Brigham, Ernesto Lima Wahnon, Emília
Benchimol Lopes, Fortunato Monteiro Levy, Afonso Benrós, Filomena Pereira
Azulay, Mário Avelino Melo Alves, Adelaide Benrós Sousa, António Benrós Sousa, Afonso
Benrós Sousa, Artur Levy Gomes, Rafael Ramos Levy, Maria da Piedade Leite
Santos Silva Wahnon, Clarisse Wahnon, Jorge Wahnon Jr., Emílio Firmino Benrós, Belarmino
Firmino Benrós, Fulgêncio Anahory Silva, Jacob Wahnon Jr., António Levy Bentubo,
Dêa Ben David, Alexandre Benoliel de Carvalho, José Andrade Brigham, Maria da
Luz Benahim Leite, Elizeu David Cohen.
Na imprensa privada cabo-verdiana do século XX, encontram-se
também muitos dados sobre diversos membros das famílias Levy, Alves, Wahnon,
Athias, Benoliel, Benahim, Esaguy, Benrós, Anahory, Brigham, Levy Bentubo,
Cohen, Serruya, Abitbol, Azagury, Ben David, Azulay e Pinto. No século XX,
radicaram-se algumas famílias judias de origem asquenaze, da Europa de Leste,
sendo as mais conhecidas a Kahn e Schofield. Contudo, terá havido outras
famílias a viver durante algum tempo no arquipélago durante a Segunda Guerra
Mundial. Estas famílias conviviam com as de origem marroquina e de Gibraltar.
Na imprensa
privada havia normalmente uma coluna social, onde eram noticiados os nascimentos,
aniversários, casamentos, pedidos de casamento, doenças, falecimentos, festas
várias, incluindo bailes de Carnaval, “reuniões elegantes,” banquetes, bailes
de fim d’ano e as diversas viagens que os membros destas famílias faziam entre
as ilhas ou para Portugal, atestando assim a sua ascenção à elite
socio-económica de Cabo Verde. Nas 2ªs e 3ªs gerações, pela análise dos
apelidos compostos, vê-se a associação por casamento com famílias de origem
portuguesa, como por exemplo, Monteiro Levy, Barbosa Levy, Brigham Neves,
Brigham Gomes, Benoliel Lopes da Silva, Benoliel de Carvalho, Anahory Silva,
Cohen Leite, Cohen Lopes da Silva, Benahim Leite e outras.
Há também dados
de outra ordem, nomeadamente, os resultados escolares das crianças e jovens
destas famílias, as nomeações para cargos públicos, os cargos assumidos na
sociedade civil, tanto nas Associações Comerciais e Agrícolas do arquipélago,
como em associações recreativas e desportivas ou em comissões várias, anúncios
de palestras ou ainda, subscrições de cartas dirigidas às autoridades e
donativos a pobres ou em consequência de catástrofes. Há também anúncios das
casas comerciais e referências às actividades económicas e litígios. Há
diversas referências à exportação de café, mas também a empresas de navegação,
sendo que as casas comerciais vendiam uma grande diversidade de produtos.
Desde a geração
dos filhos, alguns ascendem ao cargo de administradores de concelho, ainda que
por vezes substitutos, outros a presidentes de câmara municipal e até a vogais
do Conselho do Governo da então província ultramarina. Nota-se que entre os
netos, alguns têm acesso ao ensino superior na então metrópole, e Bento
Benoliel Levy é eleito deputado por Cabo Verde na Assembleia da República
Portuguesa.
Nos jornais “O
Arquipélago” e “Cabo Verde, Boletim de Propaganda e Informação,” há dezenas de
artigos de autoria de Bento Benoliel Levy e de Orlando Barbosa Levy, mas também
poemas de Terêncio Anahory Silva e alguns artigos de Francisco Benoliel Lopes
da Silva, Aníbal Cohen Lopes da Silva e Júlio Bento de Oliveira (da família
Abitbol).
- Ângela Sofia Benoliel Coutinho, 6 de Fevereiro 2016
Subscribe to:
Posts (Atom)